LEIDE MORAIS, natural de Mossoró-RN,
nascido a 15 de setembro de 1927, três
meses da invasão do bando de Lampião em Mossoró. Filho do
tenente PM Laurentino Ferreira de Morais, o qual, em 1927 exercia a função de
delegado de Mossoró e de Beatriz Leite de Morais. Muito cedo se transferiu
juntamente com seus pais para Natal, onde concluiu seus estudos secundários no
Colégio Marista (26/12/1929). Em Recife-PE, começou a cursar a Faculdade de
Medicina, até o terceiro ano, quando resolveu transferi-se para a Bahia,
havendo concluído em 1952.
Retornando a Natal, passou
a integrar a equipe médica do Hospital Miguel Couto (hoje HUOL) e da
Maternidade Januário Cicco (12/10/1950), incorporando-se à Polícia Militar como
médico, onde criou e instalou o Serviço de Saúde. Havendo construído os
ambulatórios e iniciado a construção do Hospital Central da Polícia Militar
(hoje Hospital Central Coronel Pedro Germano), situado na Avenida prudente de
Morais, no bairro do Tirol, em Natal, inaugurado no dia 11 de agosto de 1963.
Em 1960, aos acadêmicos da
Faculdade de Medicina de Natal (29/01/1955), estava se preparando para cursar a
Clínica Obstétrica. Por convite do diretor, o ex-soldado PM e Dr. Onofre Lopes
da Silva (13/07/1907 – 13/07/1997), o dr. Leide Morais aceitou a indicação para
professor catedrático de Obstetrícia, acumulando com a direção da Maternidade
Januário Cicco. Teve que fazer uma difícil opção, renunciando a chefia do
Serviço Médico da Polícia Militar. Para assumir suas funções docentes fez
pós-graduação na Espanha no serviço de professor Botella Llusiá, retornando a
Natal em 1960, quando a Universidade Federal do Rio Grande do Norte-UFRN foi
federalizada (18/12/1960). Para integrar sua equipe de professores, convidou os
médicos Araken Irerê Pinto, Lavoisier Maia Sobrinho e William Pinheiro dos Santos
que com ele organizaram o serviço médico da Maternidade Escola, inclusive
prontuários, parra receberem a primeira turma de alunos de Medicina.
Por 28 anos, o professor
Leide Morais dirigiu a Maternidade
Escola Januário Cicco e chefiou o Departamento de Toco-Ginecologia. Foi
vice-Reitor da UFRN, acumulando com a direção da Maternidade. Reformou o
prédio, criou serviços, estimulou a capacitação dos docentes que passaram a
integrar o quadro de professores do Departamento de Toco-Ginecologia.
Criou a primeira pós-graduação da
UFRN, a Residência Médica em Toco-Ginecologia em 1968, já com mais de 400
especialistas formados. Criou um curso de formação de parteiras, de nível
médio. Idealizou as Casas de Partos para Natal, que funcionaram em Lagoa Seca e Dix-sept
Rosado. Foi pioneiro no planejamento familiar, instalando uma clínica na
Maternidade Escola e participando ativamente dos movimentos para facilitar o
acesso aos métodos do planejamento
familiar à toda população. Publicou livros sobre Medicina Ética. Era membro da
Academia Norte-rio-grandense de Medicina. Recebeu a medalha do mérito
universitário no GRAU DE Grande Oficial, a medalha de Amigo da Marinha, o
mérito Felipe Camarão da prefeitura de Natal e a medalha soldado Luis Gonzaga
da gloriosa e amada Polícia Militar. A UFRN homenageou-o com o título de
Professor Emérito em 1997.
Faleceu em Natal no dia 6 de fevereiro
de 1998. É denominação do Centro de Saúde de Reprodutiva (Centro de Saúde do
Alecrim), de biblioteca da Associação Médica do Rio Grande do Norte , do prédio
anexo da Maternidade Escola onde funciona o Departamento de Toco-Ginecologia e
Obstetrícia e de prêmios científicos das Sociedades de Ginecologia e
Obstetrícia do Norte-Nordeste, e do Rio Grande do Norte.
O prefeito de Natal, Carlos
Eduardo Alves, em reconhecimento aos seus revelantes serviços prestados à cidade do Natal, resolveu denominar de
Professor Leide Morais, a Maternidade que o município está construindo na zona
norte da Capital.
(Fonte, um
artigo escrito pelo Dr. Kleber Morais, publicado no Jornal de Fato, editado em Mossoró
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